Versículos sobre Abraão
Sob quais circunstâncias? Antes ou depois de ter sido circuncidado? Não foi depois, mas antes!
Assim ele recebeu a circuncisão como sinal, como selo da justiça que ele tinha pela fé, quando ainda não fora circuncidado. Portanto, ele é o pai de todos os que crêem, sem terem sido circuncidados, a fim de que a justiça fosse creditada também a eles;
e é igualmente o pai dos circuncisos que não somente são circuncisos, mas também andam nos passos da fé que teve nosso pai Abraão antes de passar pela circuncisão.
Não foi mediante a lei que Abraão e a sua descendência receberam a promessa de que ele seria o herdeiro do mundo, mas mediante a justiça que vem da fé.
Pois se os que vivem pela lei são herdeiros, a fé não tem valor, e a promessa é inútil;
porque a lei produz a ira. E onde não há lei, não há transgressão.
Portanto, a promessa vem pela fé, para que seja de acordo com a graça e seja assim garantida a toda a descendência de Abraão; não apenas aos que estão sob o regime da lei, mas também aos que têm a fé que Abraão teve. Ele é o pai de todos nós.
Como está escrito: "Eu o constituí pai de muitas nações". Ele é nosso pai aos olhos de Deus, em quem creu, o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência coisas que não existem, como se existissem.
Abraão, contra toda esperança, em esperança creu, tornando-se assim pai de muitas nações, como foi dito a seu respeito: "Assim será a sua descendência".
Sem se enfraquecer na fé, reconheceu que o seu corpo já estava sem vitalidade, pois já contava cerca de cem anos de idade, e que também o ventre de Sara já estava sem vitalidade.
Mesmo assim não duvidou nem foi incrédulo em relação à promessa de Deus, mas foi fortalecido em sua fé e deu glória a Deus,
estando plenamente convencido de que ele era poderoso para cumprir o que havia prometido.
Em conseqüência, "isso lhe foi também creditado como justiça".
As palavras "lhe foi creditado" não foram escritas apenas para ele,
mas também para nós, a quem Deus creditará justiça, para nós, que cremos naquele que ressuscitou dos mortos a Jesus, nosso Senhor.
Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação.
Nem por serem descendentes de Abraão passaram todos a ser filhos de Abraão. Pelo contrário: "Por meio de Isaque a sua descendência será considerada".
Considerem o exemplo de Abraão: "Ele creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça".
Estejam certos, portanto, de que os que são da fé, estes é que são filhos de Abraão.
Prevendo a Escritura que Deus justificaria pela fé os gentios, anunciou primeiro as boas novas a Abraão: "Por meio de você todas as nações serão abençoadas".
Assim, os que são da fé são abençoados juntamente com Abraão, homem de fé.
Já os que são pela prática da lei estão debaixo de maldição, pois está escrito: "Maldito todo aquele que não persiste em praticar todas as coisas escritas no livro da Lei".
É evidente que diante de Deus ninguém é justificado pela lei, pois "o justo viverá pela fé".
A lei não é baseada na fé; pelo contrário, "quem praticar estas coisas, por elas viverá".
Cristo nos redimiu da maldição da lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro".
Isso para que em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse também aos gentios, para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé.
Irmãos, humanamente falando, ninguém pode anular um testamento depois de ratificado, nem acrescentar-lhe algo.
Assim também as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. A Escritura não diz: "E aos seus descendentes", como se falando de muitos, mas: "Ao seu descendente", dando a entender que se trata de um só, isto é, Cristo.
Quero dizer isto: A lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não anula a aliança previamente estabelecida por Deus, de modo que venha a invalidar a promessa.
Pois, se a herança depende da lei, já não depende de promessa. Deus, porém, concedeu-a gratuitamente a Abraão mediante promessa.