Versículos - Jacó
Então Jacó orou: "Ó Deus de meu pai Abraão, Deus de meu pai Isaque, ó Senhor que me disseste: ‘Volte para a sua terra e para os seus parentes e eu o farei prosperar’;
não sou digno de toda a bondade e lealdade com que trataste o teu servo. Quando atravessei o Jordão eu tinha apenas o meu cajado, mas agora possuo duas caravanas.
Livra-me, rogo-te, das mãos de meu irmão Esaú, porque tenho medo que ele venha nos atacar, tanto a mim como às mães e às crianças.
Pois tu prometeste: ‘Esteja certo de que eu o farei prosperar e farei os seus descendentes tão numerosos como a areia do mar, que não se pode contar’ ".
Depois de passar ali a noite, escolheu entre os seus rebanhos um presente para o seu irmão Esaú:
duzentas cabras e vinte bodes, duzentas ovelhas e vinte carneiros,
trinta fêmeas de camelo com seus filhotes, quarenta vacas e dez touros, vinte jumentas e dez jumentos.
Colocou cada rebanho sob o cuidado de um servo, e disse-lhes: "Vão à minha frente e mantenham certa distância entre um rebanho e outro".
Ao que ia à frente deu a seguinte instrução: "Quando meu irmão Esaú encontrar-se com você e lhe perguntar: ‘A quem você pertence, para onde vai e de quem é todo este rebanho à sua frente? ’,
você responderá: É do teu servo Jacó. É um presente para o meu senhor Esaú; e ele mesmo está vindo atrás de nós".
Também instruiu o segundo, o terceiro e todos os outros que acompanhavam os rebanhos: "Digam também a mesma coisa a Esaú quando o encontrarem.
E acrescentem: Teu servo Jacó está vindo atrás de nós". Porque pensava: "Eu o apaziguarei com esses presentes que estou enviando antes de mim; mais tarde, quando eu o vir, talvez me receba".
Assim os presentes de Jacó seguiram à sua frente; ele, porém, passou a noite no acampamento.
Naquela noite Jacó levantou-se, tomou suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos para atravessar o lugar de passagem do Jaboque.
Depois de havê-los feito atravessar o ribeiro, fez passar também tudo o que possuía.
E Jacó ficou sozinho. Então veio um homem que se pôs a lutar com ele até o amanhecer.
Quando o homem viu que não poderia dominá-lo, tocou na articulação da coxa de Jacó, de forma que lhe deslocou a coxa, enquanto lutavam.
Então o homem disse: "Deixe-me ir, pois o dia já desponta". Mas Jacó lhe respondeu: "Não te deixarei ir, a não ser que me abençoes".
O homem lhe perguntou: "Qual é o seu nome? " "Jacó", respondeu ele.
Então disse o homem: "Seu nome não será mais Jacó, mas sim Israel, porque você lutou com Deus e com homens e venceu".
Prosseguiu Jacó: "Peço-te que digas o teu nome". Mas ele respondeu: "Por que pergunta o meu nome? " E o abençoou ali.
Jacó chamou àquele lugar Peniel, pois disse: "Vi a Deus face a face e, todavia, minha vida foi poupada".
Ao nascer do sol atravessou Peniel, mancando por causa da coxa.
Por isso, até o dia de hoje, os israelitas não comem o músculo ligado à articulação do quadril, porque nesse músculo Jacó foi ferido.
Quando Jacó olhou e viu que Esaú estava se aproximando, com quatrocentos homens, dividiu as crianças entre Lia, Raquel e as duas servas.
Colocou as servas e os seus filhos à frente, Lia e seus filhos depois, e Raquel com José por último.
Ele mesmo passou à frente e, ao aproximar-se do seu irmão, curvou-se até o chão sete vezes.
Mas Esaú correu ao encontro de Jacó e abraçou-se ao seu pescoço, e o beijou. E eles choraram.
Então Esaú ergueu o olhar e viu as mulheres e as crianças. E perguntou: "Quem são estes? " Jacó respondeu: "São os filhos que Deus concedeu ao teu servo".
Então as servas e os seus filhos se aproximaram e se curvaram.