Lucas 11:48
Assim vocês dão testemunho de que aprovam o que os seus antepassados fizeram. Eles mataram os profetas, e vocês lhes edificam os túmulos.
Significado de Lucas 11:48
A passagem bíblica está inserida no discurso de Jesus aos fariseus e aos doutores da lei.
Jesus está falando.
Os antepassados dos judeus se referem aos líderes religiosos e políticos do passado.
Aprovar o que os antepassados fizeram significa seguir as tradições e práticas religiosas que foram estabelecidas por eles.
Os antepassados dos judeus mataram os profetas que foram enviados por Deus para adverti-los e chamá-los ao arrependimento.
Edificar os túmulos significa honrar e reverenciar os antepassados, mesmo que eles tenham cometido erros.
Jesus critica os judeus por honrarem os antepassados que mataram os profetas, mas não reconhecerem os profetas que Deus enviou para eles.
A mensagem principal dessa passagem bíblica é que devemos seguir a vontade de Deus e não as tradições e práticas religiosas estabelecidas pelos homens.
Essa passagem bíblica pode ser aplicada à nossa vida hoje, nos lembrando de que devemos buscar a verdadeira vontade de Deus em vez de seguir cegamente as tradições e práticas religiosas estabelecidas pelos homens.
Podemos aprender com essa passagem bíblica que devemos ser fiéis à vontade de Deus, mesmo que isso signifique ir contra as tradições e práticas religiosas estabelecidas pelos homens.
Explicação de Lucas 11:48
A ironia da homenagem aos assassinos de profetas
Em Lucas 11:48, Jesus critica os líderes religiosos da época por honrarem os antepassados que mataram os profetas, enquanto eles mesmos planejavam matar o Filho de Deus. Essa referência bíblica revela uma história de hipocrisia e injustiça que se repete em muitas épocas e lugares.
No contexto do Evangelho de Lucas, Jesus está confrontando os fariseus e os doutores da lei, que o acusam de receber poderes demoníacos para expulsar demônios. Ele responde que, na verdade, é pelo Espírito de Deus que ele realiza essas obras, e que quem blasfema contra o Espírito Santo não terá perdão. Em seguida, ele denuncia a hipocrisia dos líderes religiosos, que se preocupam mais com a aparência externa do que com a justiça e a misericórdia. Ele cita o exemplo dos fariseus que limpam o exterior dos copos e pratos, mas deixam o interior cheio de ganância e maldade. E então ele chega ao clímax da sua crítica, ao dizer que os líderes religiosos são como aqueles que edificam os túmulos dos profetas que seus antepassados mataram. Eles estão dando testemunho de que aprovam o que seus antepassados fizeram, em vez de se arrependerem e mudarem de atitude.
Essa referência bíblica tem uma história mais ampla, que remonta ao Antigo Testamento. Desde os tempos de Moisés, os profetas foram enviados por Deus para advertir o povo de Israel sobre seus pecados e desvios da aliança. Muitas vezes, esses profetas foram perseguidos, presos, torturados e mortos pelos líderes religiosos e políticos que não queriam ouvir a verdade. O livro de Jeremias, por exemplo, descreve a triste situação em que o profeta é lançado em um poço de lama por causa de suas palavras de julgamento contra o rei e os sacerdotes. O livro de Isaías, por sua vez, apresenta uma série de oráculos contra os líderes que exploram o povo, oprimem os pobres e desobedecem a Deus. E assim por diante, em toda a história de Israel, há um conflito entre os profetas que falam a verdade e os poderosos que querem silenciá-los.
No tempo de Jesus, essa história se repete de forma dramática. Ele é o maior dos profetas, aquele que fala com autoridade divina e realiza sinais e maravilhas que comprovam sua missão. No entanto, os líderes religiosos não o reconhecem como tal, mas o consideram um blasfemo e um agitador. Eles não querem mudar suas práticas e tradições, mas manter o status quo que lhes garante poder e influência. E assim, eles tramam para matar Jesus, como já tinham feito com os profetas anteriores.
A referência bíblica de Lucas 11:48, portanto, é um alerta para todos os que se dizem religiosos, mas não praticam a justiça e a misericórdia. É um convite para que reconheçamos a verdadeira autoridade de Deus, que se manifesta naqueles que falam a verdade e denunciam o mal. É uma exortação para que não sigamos os passos dos assassinos de profetas, mas os dos que se arrependem e se convertem.
Versões
Assim, são testemunhas e aprovam com cumplicidade as obras dos pais de vocês; porque eles mataram os profetas, e vocês edificam túmulos para eles.
Com isso vocês mostram que concordam com o que os seus antepassados fizeram, pois eles mataram os profetas, e vocês fazem túmulos para eles.