Lamentações 2:20
"Olha, Senhor, e considera: A quem o Senhor tratou dessa maneira? Deverão as mulheres comer os próprios filhos, as crianças de quem elas cuidaram? Deverão os profetas e os sacerdotes ser assassinados no santuário do Senhor?
Significado de Lamentações 2:20
O autor é desconhecido, mas provavelmente é um judeu lamentando a destruição de Jerusalém.
A passagem foi escrita após a queda de Jerusalém em 586 a.C., quando a cidade foi destruída pelos babilônios.
A fome era comum durante os cercos militares, e as pessoas às vezes recorriam ao canibalismo para sobreviver.
Os profetas e sacerdotes eram considerados líderes religiosos e políticos, e sua morte no santuário do Senhor seria uma grande afronta à santidade de Deus.
O autor está pedindo a Deus que considere a injustiça e sofrimento que seu povo está passando.
Deus permitiu a destruição de Jerusalém como punição pelo pecado do povo.
A passagem mostra que Deus é justo e que o pecado tem consequências graves.
A passagem se relaciona com outras passagens bíblicas que falam sobre a destruição de Jerusalém, como Jeremias 52 e Ezequiel 5.
A mensagem principal é que a desobediência a Deus leva à destruição e ao sofrimento.
Podemos aplicar essa passagem em nossas vidas hoje lembrando-nos da importância da obediência a Deus e da justiça divina.
Explicação de Lamentações 2:20
A súplica desesperada por misericórdia em meio à tragédia
Em meio à destruição da cidade de Jerusalém, a personagem de Lamentações 2:20 clama a Deus por misericórdia diante da situação terrível que se abateu sobre o povo. Ela questiona a Deus sobre a justiça de permitir que mulheres cheguem ao ponto de comer seus próprios filhos, algo impensável e inimaginável em qualquer circunstância. Além disso, ela também se preocupa com o destino dos profetas e sacerdotes, que estão sendo assassinados no próprio santuário do Senhor.
A história por trás desse versículo é a de uma cidade devastada pela guerra. Jerusalém, a capital de Judá, foi sitiada pelo exército babilônico liderado por Nabucodonosor. A cidade foi tomada e destruída em 586 a.C., e muitos de seus habitantes foram mortos ou levados como cativos para a Babilônia. A situação era tão terrível que as pessoas chegaram a recorrer ao canibalismo para sobreviver.
O livro de Lamentações é uma coleção de poemas que expressam a dor e o luto pelo que aconteceu com Jerusalém. O autor, que não é identificado, descreve a cidade em ruínas, a fome, a violência e a tristeza que se abateram sobre o povo. Ele também faz uma reflexão sobre a relação entre Deus e o seu povo, questionando a justiça divina diante do sofrimento humano.
No versículo em questão, a personagem pede a Deus que olhe para a situação e considere o que está acontecendo. Ela não entende por que Deus permitiu que as coisas chegassem a esse ponto, e questiona se isso é mesmo justo. Ela se preocupa com as mulheres que estão sofrendo tanto que chegaram a cometer um ato tão desumano quanto comer seus próprios filhos. Ela também se preocupa com os líderes religiosos, que deveriam ser protegidos por Deus, mas que estão sendo mortos no próprio santuário.
Essa súplica desesperada por misericórdia é um exemplo da relação complexa entre o ser humano e Deus. A personagem não está questionando a existência de Deus, mas sim a sua justiça e compaixão diante da tragédia. Ela pede a Deus que olhe para a situação e considere o sofrimento humano, esperando que ele possa agir de alguma forma para aliviar a dor e o luto do povo.
O versículo em si não oferece uma resposta para essa questão, mas ele mostra a importância de se expressar a dor e a angústia diante de Deus. A súplica da personagem é um exemplo de como a fé pode ser uma fonte de consolo e esperança em meio à tragédia, mesmo quando não há respostas fáceis ou soluções imediatas.
Versões
Vê, ó Senhor , e considera a quem trataste assim! Será que as mulheres deviam comer o fruto de si mesmas, as crianças que elas tanto amam? Ou será que os sacerdotes e profetas deviam ser mortos no santuário do Senhor? Chim —
Olha, ó Senhor Deus, e pensa: Alguma vez trataste alguém assim? Será que as mães deviam devorar os filhinhos que elas tanto amam? Será que profetas e sacerdotes deviam ser assassinados no próprio Templo?
