João 19:6

6

Ao vê-lo, os chefes dos sacerdotes e os guardas gritaram: "Crucifica-o! Crucifica-o! " Mas Pilatos respondeu: "Levem-no vocês e crucifiquem-no. Quanto a mim, não encontro base para acusá-lo".

Significado do Versículo

Os chefes dos sacerdotes e os guardas.

Pilatos.

Governador romano da Judeia.

Porque acreditavam que ele estava se fazendo passar por rei dos judeus e ameaçando a autoridade romana.

Que fosse levado e crucificado pelos próprios judeus.

Porque não via motivo para condená-lo e sabia que Jesus era inocente.

A acusação era de que Jesus se fazia passar por rei dos judeus e ameaçava a autoridade romana.

Eles gritaram ainda mais alto, pedindo que Jesus fosse crucificado.

A crucificação era uma forma cruel e pública de execução usada pelos romanos para punir criminosos e dissidentes políticos.

Essa passagem é importante porque mostra a injustiça da condenação de Jesus e seu sacrifício na cruz, que é central para a fé cristã.

Explicação de João 19:6

A recusa de Pilatos em condenar Jesus à morte

Há mais de dois mil anos, na cidade de Jerusalém, o povo judeu estava em polvorosa. Jesus de Nazaré, um pregador itinerante, havia sido preso pelas autoridades romanas sob a acusação de blasfêmia e sedição. Os líderes religiosos judeus, que viam em Jesus uma ameaça à sua autoridade, pressionavam o governador romano da Judeia, Pôncio Pilatos, para que condenasse o prisioneiro à morte.

Pilatos, um homem ambicioso e pragmático, estava mais preocupado em manter a ordem pública do que em fazer justiça. Ele sabia que Jesus era popular entre o povo simples, que o via como um profeta ou até mesmo como o Messias prometido pela tradição judaica. Por outro lado, os líderes religiosos tinham influência sobre as elites locais e poderiam causar problemas para o governo romano se não fossem atendidos.

Assim, Pilatos convocou uma audiência pública para julgar Jesus. Os líderes religiosos apresentaram várias acusações contra ele, mas Pilatos não encontrou nelas nenhuma base sólida para condená-lo à morte. Ele tentou se livrar do caso, mandando Jesus para Herodes Antipas, o governador da Galileia, mas este também não encontrou motivos para condená-lo.

De volta a Pilatos, Jesus foi apresentado à multidão, que clamava por sua morte. Pilatos tentou convencer os líderes religiosos a aceitarem uma punição mais branda, como açoites ou prisão, mas eles insistiram na crucificação. Pilatos, então, lavou as mãos em sinal de inocência e entregou Jesus aos guardas para que fosse crucificado.

O versículo em questão retrata o momento em que Pilatos, diante da pressão dos líderes religiosos e da multidão, se recusa a condenar Jesus à morte e os desafia a fazerem isso eles mesmos. Essa atitude de Pilatos é vista como uma tentativa de se eximir da responsabilidade pela execução de um homem que ele sabia ser inocente, mas também como uma demonstração de fraqueza diante das pressões políticas e religiosas.

Em última análise, a história de João 19:6 é uma reflexão sobre as tensões entre o poder político e o poder religioso, sobre a dificuldade de se fazer justiça em um contexto de conflito e sobre as consequências de se ceder à pressão das massas. A figura de Pilatos, retratado como um homem fraco e indeciso, é um exemplo clássico de como a falta de coragem e de convicção pode levar a decisões equivocadas e a consequências trágicas.

Versões

6

Quando viram Jesus, os principais sacerdotes e os seus guardas gritaram: — Crucifique! Crucifique! Pilatos repetiu: — Levem-no daqui vocês mesmos e o crucifiquem, porque eu não encontro nele crime algum.

6

Quando os chefes dos sacerdotes e os guardas do Templo viram Jesus, começaram a gritar: — Crucifica! Crucifica! — Vocês que o levem e o crucifiquem! Eu não encontro nenhum motivo para condenar este homem! — repetiu Pilatos.