Êxodo 21:21

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mas se o escravo sobreviver um ou dois dias, não será punido, visto que é sua propriedade.

Significado do Versículo

A Bíblia fala sobre escravidão porque era uma realidade social e econômica da época em que foi escrita.

Êxodo foi escrito durante o período em que os israelitas estavam escravizados no Egito, e a lei mosaica foi dada a eles após sua libertação.

Deus permitia a escravidão porque a sociedade da época era baseada nesse sistema, mas a lei mosaica estabelecia limites e proteções para os escravos.

A vida de um escravo não era menos valiosa do que a de um homem livre, mas a lei mosaica tratava os escravos como propriedade, o que era uma realidade da época.

O dono do escravo não era punido se ele morresse porque a lei mosaica estabelecia que o escravo era sua propriedade e ele tinha o direito de fazer o que quisesse com ela.

A ideia de justiça divina na lei mosaica era baseada em retribuição proporcional, ou seja, a punição deveria ser equivalente ao crime cometido.

A lei mosaica não aprova a escravidão, mas estabelece regras para proteger os escravos e limitar o poder dos donos.

Essa passagem não se aplica diretamente aos dias de hoje, pois a escravidão é ilegal em todo o mundo.

Podemos entender a relação entre a lei mosaica e a ideia de um Deus amoroso e justo reconhecendo que a lei foi dada em um contexto histórico específico e que a revelação de Deus é progressiva.

A lei mosaica foi cumprida em Cristo, que estabeleceu uma nova aliança baseada no amor e na liberdade em vez da lei e da escravidão.

Explicação de Êxodo 21:21

A história por trás da referência bíblica sobre a propriedade dos escravos

A prática da escravidão é uma das manchas mais escuras da história da humanidade. Durante séculos, homens e mulheres foram comprados e vendidos como propriedade, forçados a trabalhar em condições desumanas e tratados como nada mais do que objetos. Infelizmente, a Bíblia não é imune a essa realidade, e há passagens que parecem justificar a escravidão. Uma dessas passagens é encontrada em Êxodo 21:21, que afirma que se um escravo sobreviver um ou dois dias após ser espancado pelo seu dono, o dono não será punido, já que o escravo é sua propriedade.

É importante lembrar que a Bíblia foi escrita em um contexto histórico e cultural muito diferente do nosso. Na época em que Êxodo foi escrito, a escravidão era uma prática comum em muitas sociedades, incluindo a sociedade israelita. No entanto, isso não significa que a Bíblia endosse a escravidão como uma prática moralmente justificável. Na verdade, muitos estudiosos argumentam que a Bíblia contém elementos que apontam para a libertação dos escravos e a igualdade de todos os seres humanos.

Voltando a Êxodo 21:21, é importante notar que a passagem não está necessariamente defendendo a violência contra os escravos. Pelo contrário, ela está estabelecendo uma lei que limita a punição que um dono pode infligir a um escravo. Se um escravo morresse imediatamente após ser espancado, o dono seria considerado culpado de assassinato. No entanto, se o escravo sobrevivesse por um ou dois dias, a morte não seria considerada intencional, e o dono não seria punido.

Isso pode parecer cruel e desumano para nós hoje, mas é importante lembrar que a lei de Êxodo foi escrita em um contexto em que a escravidão era considerada uma prática normal. A lei não está defendendo a escravidão ou a violência contra os escravos, mas sim tentando limitar o dano que pode ser infligido a eles.

No entanto, isso não significa que devemos aceitar essa passagem ou outras que parecem justificar a escravidão. Como cristãos, devemos sempre nos esforçar para seguir o exemplo de Jesus, que pregou a igualdade e o amor pelos nossos irmãos e irmãs, independentemente de sua posição social. Devemos trabalhar para erradicar a escravidão e todas as formas de opressão, e lutar por um mundo em que todos os seres humanos sejam tratados com dignidade e respeito.

Versões

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porém, se ele sobreviver por um ou dois dias, o dono não será punido, porque o escravo é propriedade sua.

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— Se alguém ferir a pauladas o seu escravo, e ele morrer na hora, o que bateu será castigado. Mas, se o escravo morrer só um ou dois dias depois, o dono não será castigado. Pois a perda do escravo já é um castigo para o dono. Essa lei vale também para as escravas.