Deuteronômio 19:11

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Mas, se alguém odiar o seu próximo, ficar à espreita dele, atacá-lo e matá-lo, e fugir para uma dessas cidades,

Significado do Versículo

A passagem faz parte do livro de Deuteronômio, que contém as leis e os mandamentos que Deus deu ao povo de Israel.

"Ficar à espreita" significa observar alguém com a intenção de atacá-lo ou prejudicá-lo.

O ódio pode ser motivado por diversos fatores, como inveja, ciúme, rivalidade, entre outros.

A pessoa que matava outra sem motivo era considerada culpada de homicídio e poderia ser condenada à morte.

As cidades de refúgio eram seis cidades designadas por Deus para servirem como um lugar de proteção para quem cometia um crime sem intenção.

A função dessas cidades era garantir a segurança da pessoa que cometeu o crime sem intenção, evitando que ela fosse morta por vingança.

O julgamento era feito por um conselho de anciãos da cidade onde o crime foi cometido.

A punição para quem matava alguém sem motivo era a morte.

A lei de Deus protegia as pessoas inocentes ao estabelecer um sistema de justiça que garantia que os culpados fossem punidos e que os inocentes fossem protegidos.

A mensagem principal que podemos extrair dessa passagem é a importância da justiça e da proteção dos inocentes, mesmo em situações de conflito e violência.

Explicação de Deuteronômio 19:11

A história da lei da cidade de refúgio para homicidas

A lei da cidade de refúgio para homicidas é uma das mais antigas leis de proteção aos direitos humanos. Ela está presente em diversas culturas e religiões, mas a sua origem mais conhecida é a bíblica. O versículo Deuteronômio 19:11 é uma das referências mais importantes dessa lei, que foi criada para garantir a justiça e evitar a vingança privada.

Segundo a lei, se alguém matasse outra pessoa sem intenção, poderia fugir para uma das seis cidades de refúgio que foram estabelecidas em Israel. Essas cidades eram escolhidas estrategicamente, para que fossem facilmente acessíveis a todas as tribos de Israel. Além disso, eram cidades santas, onde o homicida estaria seguro da vingança dos parentes da vítima.

A lei da cidade de refúgio foi criada para evitar que a vingança privada se tornasse uma prática comum em Israel. Antes dela, era comum que os parentes da vítima matassem o assassino como forma de vingança. Isso criava um ciclo interminável de violência, que só poderia ser interrompido pela intervenção das autoridades.

A lei da cidade de refúgio também era uma forma de garantir a justiça. O homicida que fugisse para uma dessas cidades deveria se apresentar às autoridades e ser julgado. Se fosse considerado culpado, seria punido de acordo com a lei. Mas se fosse considerado inocente, poderia viver em paz na cidade de refúgio.

A lei da cidade de refúgio foi uma das primeiras leis de proteção aos direitos humanos. Ela reconhecia que todos têm o direito à vida e que a justiça deve ser aplicada de forma imparcial. Além disso, ela reconhecia que a vingança privada só leva a mais violência e que é preciso encontrar formas pacíficas de resolver os conflitos.

Hoje em dia, a lei da cidade de refúgio ainda é uma referência para muitas culturas e religiões. Ela inspirou outras leis de proteção aos direitos humanos, como a lei do asilo político e a lei de proteção aos refugiados. Ela também é uma lembrança de que a justiça deve ser aplicada de forma imparcial e que a vingança privada só leva a mais violência.

Versões

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— Mas, se houver alguém que odeia o seu próximo, arma-lhe ciladas, levanta-se contra ele e o mata, e então se refugia numa dessas cidades,

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— Mas pode acontecer que um homem tenha ódio de outro. Ele fica de tocaia e ataca e mata o inimigo. Aí ele vai para uma dessas cidades a fim de não ser morto.