Apocalipse 1:8

A história por trás da frase que define a eternidade e a onipotência de Deus

A referência bíblica que começa com a frase "Eu sou o Alfa e o Ômega" é uma das mais conhecidas e reverenciadas pelos cristãos em todo o mundo. Ela aparece no livro do Apocalipse, escrito pelo apóstolo João, que narra uma série de visões e revelações sobre o fim dos tempos e a volta de Jesus Cristo. O versículo em questão é uma declaração de Deus sobre si mesmo, que se apresenta como o início e o fim de todas as coisas, o Senhor Todo-Poderoso que sempre existiu e sempre existirá.

A expressão "Alfa e Ômega" é uma referência às primeiras e últimas letras do alfabeto grego, que simbolizam a totalidade e a perfeição. Ao se declarar como o Alfa e o Ômega, Deus está afirmando que é o princípio e o fim de tudo o que existe, o criador e o juiz de todas as coisas. Além disso, a frase "o que é, o que era e o que há de vir" reforça a ideia de que Deus é eterno e está acima do tempo, pois sempre existiu e sempre existirá, e é capaz de controlar o futuro e o destino do universo.

A origem da expressão "Alfa e Ômega" remonta à tradição judaica, em que o nome de Deus era considerado sagrado e não podia ser pronunciado. Em vez disso, os judeus usavam outras palavras para se referir a Deus, como "Adonai" (Senhor) e "Elohim" (Deus). Com o tempo, surgiu a prática de usar as primeiras e últimas letras do alfabeto hebraico para simbolizar o nome de Deus, que era considerado incompreensível e inefável.

Com a disseminação do cristianismo, a expressão "Alfa e Ômega" passou a ser associada a Jesus Cristo, que é descrito como o Filho de Deus e o Salvador da humanidade. No livro do Apocalipse, Jesus se apresenta como o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, e promete voltar para julgar os vivos e os mortos. Assim, a frase se tornou um símbolo da fé cristã e uma forma de expressar a crença na eternidade e na onipotência de Deus.

Hoje em dia, a expressão "Alfa e Ômega" é usada não apenas pelos cristãos, mas também por pessoas de outras religiões e culturas que reconhecem a importância do conceito de eternidade e totalidade. Ela é frequentemente usada em contextos simbólicos e artísticos, como em tatuagens, joias e obras de arte, para representar a ideia de que tudo tem um começo e um fim, mas Deus está acima disso e é capaz de controlar todas as coisas.