A Santa Ceia

Era uma noite escura e silenciosa em Jerusalém. Os discípulos de Jesus, cansados e preocupados, reuniram-se em um quarto no andar superior de uma casa modesta. Eles estavam lá para celebrar a Páscoa, uma festa judaica que comemora o êxodo dos israelitas da escravidão no Egito. Mas havia uma tensão palpável no ar. Jesus, seu amado mestre, havia falado de sua morte iminente, deixando-os inquietos e confusos.

Jesus, percebendo a atmosfera pesada, decidiu fazer algo inesperado. Ele se levantou da mesa, tirou a capa e amarrou uma toalha em volta da cintura. Então, pegou uma bacia de água e começou a lavar os pés de seus discípulos. Pedro, um dos discípulos, protestou, mas Jesus insistiu, ensinando-lhes uma lição de humildade e serviço.

Depois de lavar os pés de todos, Jesus voltou para a mesa. Ele pegou o pão, deu graças a Deus, partiu-o e deu a seus discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim". Em seguida, pegou o cálice de vinho, agradeceu novamente e disse: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós".

Os discípulos estavam perplexos. Eles não entendiam completamente o significado dessas palavras naquele momento, mas sentiam que algo extraordinário estava acontecendo. Jesus estava instituindo a Santa Ceia, um sacramento que seria celebrado por milhões de cristãos ao longo dos séculos.

Jesus então revelou que um deles o trairia. Os discípulos ficaram chocados e começaram a perguntar quem seria. Jesus não revelou o nome, mas deu um pedaço de pão molhado no vinho a Judas Iscariotes, que logo saiu da sala.

Depois da refeição, Jesus confortou seus discípulos, prometendo-lhes o Espírito Santo, que os guiaria e confortaria após sua partida. Ele lhes deu um novo mandamento: "Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros".

A refeição terminou com um hino, e então eles saíram para o Monte das Oliveiras. A noite ainda estava jovem, mas a história da Santa Ceia, a última refeição de Jesus com seus discípulos antes de sua crucificação, seria lembrada e recontada por gerações, um símbolo eterno do amor e sacrifício de Jesus pela humanidade.