Salmos 36:8

8

Eles se banqueteiam na fartura da tua casa; tu lhes dás de beber do teu rio de delícias.

Significado do Versículo

"Eles" se refere aos que confiam em Deus e encontram nele a sua satisfação.

Significa que eles se satisfazem plenamente com o que Deus oferece.

A "casa" mencionada pode ser entendida como o lugar onde Deus habita, ou seja, o céu.

O "rio de delícias" pode ser entendido como uma metáfora para a presença de Deus, que é fonte de alegria e satisfação.

"Dás de beber" significa que Deus satisfaz as necessidades daqueles que confiam nele.

"Delícias" significa algo que é muito agradável e satisfatório.

O autor do Salmo 36 é desconhecido.

O contexto histórico do Salmo 36 é incerto, mas ele pode ter sido escrito durante o período do exílio babilônico.

Essa passagem se relaciona com outras passagens bíblicas que falam sobre a satisfação que vem de Deus, como o Salmo 23 e João 4:14.

A mensagem principal dessa passagem é que Deus é a fonte de satisfação e alegria para aqueles que confiam nele.

Explicação de Salmos 36:8

A fartura e o rio de delícias: a história de um versículo bíblico

O salmo 36 é um dos muitos poemas que compõem o livro dos Salmos, uma coleção de cânticos e orações que expressam a fé e a devoção dos judeus e dos cristãos ao longo dos séculos. O salmo 36 começa com uma reflexão sobre a maldade dos ímpios e a bondade de Deus, que é comparado a um refúgio seguro e a uma fonte de vida. É nesse contexto que surge o versículo 8, que fala da alegria e da satisfação dos fiéis que se alimentam e se saciam na casa de Deus, bebendo da fonte de suas delícias.

Mas como essa imagem poética surgiu e se desenvolveu ao longo do tempo? Para entender isso, é preciso voltar ao contexto histórico e cultural em que o salmo foi escrito e transmitido. Embora a autoria do salmo 36 seja desconhecida, ele reflete a tradição dos salmos sapienciais, que são caracterizados pela sabedoria e pela contemplação da natureza divina e humana. Nesse sentido, o salmo 36 é uma meditação sobre a relação entre a justiça e a misericórdia de Deus, que se manifestam tanto na criação quanto na história.

A imagem da casa de Deus como um lugar de fartura e de delícias tem raízes antigas na tradição judaica. Desde os tempos do templo de Jerusalém, os judeus celebravam as festas sagradas com banquetes e oferendas de alimentos e bebidas. Esses banquetes eram vistos como uma expressão da comunhão entre Deus e seu povo, que compartilhavam a alegria da vida e da salvação. Além disso, a imagem do rio de delícias evoca a tradição do jardim do Éden, onde a árvore da vida e o rio que saía do paraíso simbolizavam a presença divina e a abundância da natureza.

Com o tempo, essa imagem foi sendo reinterpretada e ampliada pelos poetas e pelos teólogos que compuseram e comentaram os salmos. Para alguns, a casa de Deus era o próprio templo, onde os fiéis se reuniam para adorar e oferecer sacrifícios. Para outros, a casa de Deus era a comunidade dos crentes, que se reuniam em torno da Palavra e da Eucaristia. E para outros ainda, a casa de Deus era o próprio coração humano, onde o Espírito Santo habitava e saciava a sede de amor e de paz.

Em todos os casos, porém, a imagem da fartura e do rio de delícias expressa a confiança e a gratidão dos fiéis pela bondade e pela generosidade de Deus. Mesmo diante das adversidades e das tentações, eles sabiam que podiam contar com a presença e a providência divina, que os sustentava e os renovava. E assim, ao longo dos séculos, essa imagem se tornou uma das mais belas e inspiradoras da tradição bíblica, que continua a alimentar a fé e a esperança de milhões de pessoas em todo o mundo.

Versões

8

Fartam-se da abundância da tua casa, e na torrente das tuas delícias lhes dás de beber.

8

Ficamos satisfeitos com a comida que nos dás com fartura; tu nos deixas beber do rio da tua bondade.