Romanos 2:22

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Você, que diz que não se deve adulterar, adultera? Você, que detesta ídolos, rouba-lhes os templos?

Significado do Versículo

O destinatário dessa passagem é desconhecido, mas provavelmente se refere aos judeus que se consideravam superiores aos gentios.

O contexto dessa passagem é a crítica de Paulo à hipocrisia dos judeus que se orgulhavam de sua lei, mas não a obedeciam.

"Adulterar" nesse contexto se refere à quebra do mandamento "não cometerás adultério".

"Ídolos" nesse contexto se refere às imagens de deuses pagãos que eram adoradas pelos gentios.

"Roubar-lhes os templos" nesse contexto se refere à prática de roubar objetos de valor dos templos pagãos.

Paulo faz essas perguntas retóricas para mostrar a hipocrisia dos judeus que condenavam os gentios por seus pecados, mas cometiam os mesmos pecados.

O propósito dessas perguntas retóricas é mostrar que ninguém é justo diante de Deus e que todos precisam da salvação pela fé em Jesus Cristo.

A mensagem principal dessa passagem é que a obediência à lei não é suficiente para a salvação, pois todos pecaram e precisam da graça de Deus.

Essa passagem se relaciona com o restante do livro de Romanos ao enfatizar a necessidade da justificação pela fé em Jesus Cristo.

Essa passagem se aplica à vida cristã hoje ao lembrar os cristãos de não serem hipócritas e de dependerem da graça de Deus para a salvação.

Explicação de Romanos 2:22

A ironia presente na crítica bíblica sobre a hipocrisia humana

O livro de Romanos, escrito pelo apóstolo Paulo, é uma das principais referências cristãs para a compreensão da doutrina da salvação pela fé em Jesus Cristo. No capítulo 2, o autor aborda a questão da justiça divina e a condenação daqueles que julgam os outros, mas praticam as mesmas coisas. É nesse contexto que surge a famosa pergunta: "Você, que diz que não se deve adulterar, adultera? Você, que detesta ídolos, rouba-lhes os templos?".

Essa frase é uma crítica contundente à hipocrisia humana, que muitas vezes se manifesta na forma de julgamentos morais e religiosos, mas não se reflete em ações coerentes com esses valores. O contexto histórico em que Paulo escreveu essa carta era marcado pela diversidade religiosa e cultural do Império Romano, onde muitos cristãos eram perseguidos e discriminados por sua fé.

Nesse cenário, a denúncia da hipocrisia era uma forma de afirmar a identidade cristã e a necessidade de uma transformação interior que se manifestasse em atitudes concretas. A referência ao adultério e ao roubo de templos era uma forma de ilustrar essa contradição entre o discurso e a prática, que podia ser observada tanto entre os judeus quanto entre os gentios.

Para entender melhor o significado dessa crítica, é preciso lembrar que o adultério era considerado um pecado grave na cultura judaica, e que a idolatria era condenada como uma forma de desobediência aos mandamentos divinos. No entanto, muitos judeus e gentios que se diziam religiosos praticavam esses pecados sem nenhum constrangimento, revelando uma falta de integridade moral e espiritual.

Ao questionar a hipocrisia dos que se diziam defensores da moralidade e da religião, Paulo estava chamando a atenção para a necessidade de uma mudança radical de postura, que envolvesse não apenas a adesão a um conjunto de crenças, mas também a prática de uma vida coerente com esses valores. Essa mensagem é ainda relevante nos dias de hoje, quando muitos se dizem religiosos ou moralmente corretos, mas não se comprometem com a ética e a justiça em suas relações pessoais e sociais.

Em resumo, a referência bíblica de Romanos 2:22 é uma crítica à hipocrisia humana, que se manifesta na contradição entre o discurso e a prática, entre a afirmação de valores e a falta de coerência com esses valores. Essa crítica é uma chamada à transformação interior e à prática da justiça e da integridade em todas as áreas da vida.

Versões

22

Você, que diz que não se deve cometer adultério, adultera? Você, que detesta ídolos, rouba os templos?

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Se você diz que não se deve cometer adultério, por que é que você mesmo comete adultério? Você odeia os ídolos, mas rouba as coisas dos templos.