Números 35:12
Elas serão locais de refúgio contra o vingador da vítima, a fim de que alguém acusado de assassinato não morra antes de apresentar-se para julgamento perante a comunidade.
Significado de Números 35:12
A passagem faz parte do livro de Números, que registra a jornada do povo de Israel pelo deserto após a saída do Egito.
"Elas" se refere às cidades de refúgio estabelecidas pela lei mencionada na passagem.
O "vingador da vítima" era um parente próximo da pessoa assassinada, que tinha o direito de buscar vingança pelo crime cometido.
O local de refúgio servia para proteger o acusado de ser morto pelo vingador da vítima antes de ser julgado.
Sem acesso a um local de refúgio, o acusado de assassinato poderia ser morto pelo vingador da vítima antes de ter a chance de se defender em um julgamento.
O julgamento era feito pela comunidade, liderada pelos sacerdotes.
Na época em que a lei foi escrita, a punição para assassinato era a pena de morte.
Eram estabelecidas seis cidades de refúgio, três a leste do rio Jordão e três a oeste.
Os sacerdotes eram responsáveis por julgar se o acusado de assassinato tinha agido de forma intencional ou não, o que influenciava na sua proteção pelo local de refúgio.
A lei dos locais de refúgio não é mais aplicada em nenhuma sociedade atualmente, mas é vista como uma importante referência para a justiça e a proteção dos direitos humanos.
Explicação de Números 35:12
A História da Proteção aos Acusados de Assassinato
Em tempos antigos, a justiça era muitas vezes feita pelas próprias mãos das vítimas ou de seus familiares. O sangue derramado exigia vingança, e o assassino era caçado sem piedade. Mas, em meio a essa cultura de violência, surgiu uma lei que protegia os acusados de assassinato: a lei das cidades de refúgio.
Essas cidades eram locais sagrados, onde qualquer pessoa que tivesse cometido um homicídio sem intenção poderia se refugiar e estar seguro de ser julgado de forma justa. O objetivo era evitar que a vingança privada prevalecesse sobre a justiça, permitindo que o acusado tivesse a oportunidade de se defender perante a comunidade.
A lei das cidades de refúgio foi estabelecida na Bíblia, no livro de Números, capítulo 35, versículo 12. Elas eram seis cidades designadas para esse propósito, três do lado leste do rio Jordão e três do lado oeste. Qualquer pessoa que matasse outra sem intenção poderia fugir para uma dessas cidades e estar seguro de ser protegido contra o vingador da vítima.
Mas havia uma condição: o acusado deveria permanecer na cidade de refúgio até que o sumo sacerdote morresse. Isso poderia levar anos, mas era a única maneira de garantir que a justiça fosse feita sem violência. Se o acusado deixasse a cidade antes desse período, ele estaria sujeito à vingança privada.
Essa lei era uma forma de garantir que a justiça fosse feita sem violência. Ela reconhecia que a vida humana é sagrada e que a vingança não é a resposta para a violência. Em vez disso, a justiça deve ser buscada de maneira justa e equilibrada.
Hoje em dia, a lei das cidades de refúgio não é mais aplicada, mas a ideia por trás dela ainda é relevante. A justiça deve ser buscada de maneira justa e equilibrada, sem recorrer à violência ou à vingança. A vida humana é sagrada, e a justiça deve ser feita em respeito a isso.
Versões
Nessas cidades o homicida poderá se refugiar do vingador do sangue, para que o homicida não morra antes de ser apresentado diante da congregação para julgamento.
Ali ele ficará a salvo do parente da vítima que estiver procurando vingança e não morrerá sem ter sido julgado em público.