Levítico 16:24
Ele se banhará com água num lugar sagrado e vestirá as suas próprias roupas. Então sairá e sacrificará o holocausto por si mesmo e o holocausto pelo povo, para fazer propiciação por si mesmo e pelo povo.
Significado de Levítico 16:24
O "ele" mencionado nesta passagem é o sumo sacerdote.
"Banhar-se com água num lugar sagrado" significa purificar-se antes de realizar o sacrifício.
O propósito do sacrifício do holocausto é fazer propiciação pelos pecados do povo.
O holocausto sacrificado "por si mesmo" é para fazer propiciação pelos pecados do sumo sacerdote.
O holocausto sacrificado "pelo povo" é para fazer propiciação pelos pecados do povo.
"Fazer propiciação" significa apaziguar a ira de Deus e obter perdão pelos pecados.
É necessário fazer propiciação porque o pecado separa o homem de Deus.
Se não houver propiciação, o pecado não é perdoado e a pessoa permanece separada de Deus.
O papel do sacerdote neste ritual é intermediar entre Deus e o povo, realizando o sacrifício e fazendo propiciação pelos pecados.
Essa passagem se relaciona com outras passagens bíblicas sobre sacrifício, como em Hebreus 9:22, que diz: "Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados".
Explicação de Levítico 16:24
O ritual sagrado de purificação e propiciação
Na tradição judaica, a purificação é um tema recorrente e essencial para a aproximação com Deus. O livro de Levítico é um dos mais importantes da Bíblia hebraica, pois traz as leis e os rituais que os sacerdotes deveriam seguir para manter a santidade do templo e do povo. Entre essas práticas, destaca-se o Dia da Expiação, ou Yom Kippur, que ocorria uma vez por ano e era o momento mais solene e reverenciado do calendário religioso.
No capítulo 16 de Levítico, é descrito o ritual que o sumo sacerdote deveria realizar no Dia da Expiação. Ele deveria se banhar em um lugar sagrado, vestir suas próprias roupas e sacrificar dois holocaustos: um por si mesmo e outro pelo povo. O holocausto era um tipo de oferta que consistia em queimar completamente o animal no altar, simbolizando a entrega total a Deus.
O objetivo desses sacrifícios era fazer propiciação, ou seja, apaziguar a ira divina e obter o perdão dos pecados cometidos pelo sacerdote e pelo povo. O sumo sacerdote deveria aspergir o sangue dos animais no altar e no véu que separava o Santo dos Santos, onde ficava a Arca da Aliança. Esse ato simbolizava a purificação do templo e a reconciliação entre Deus e seu povo.
Além dos holocaustos, o sumo sacerdote deveria oferecer um bode expiatório, que era solto no deserto para levar consigo os pecados do povo. Essa prática era uma forma de simbolizar a remoção dos pecados e a renovação da aliança entre Deus e Israel.
O Dia da Expiação era um momento de introspecção, arrependimento e perdão. O povo deveria jejuar e se humilhar diante de Deus, reconhecendo seus erros e pedindo perdão. O sumo sacerdote, por sua vez, representava o povo diante de Deus e deveria seguir à risca todas as leis e rituais para garantir a eficácia do sacrifício.
O versículo em questão, Levítico 16:24, faz parte desse ritual sagrado de purificação e propiciação. Ele destaca a importância do sumo sacerdote se purificar antes de realizar os sacrifícios e simboliza a necessidade de cada um se preparar espiritualmente para se aproximar de Deus.
Hoje em dia, o Dia da Expiação ainda é celebrado pelos judeus em todo o mundo, e a prática dos sacrifícios foi substituída por orações e jejum. No entanto, a importância da purificação e do perdão continua sendo um tema central na tradição judaica e em muitas outras religiões.
Versões
Banhará o seu corpo em água no lugar santo e porá as suas roupas. Então sairá, e oferecerá o seu holocausto e o holocausto do povo, e fará expiação por si e pelo povo.
Naquele lugar sagrado ele tomará um banho e, depois de se vestir, sairá para apresentar a Deus a sua própria oferta, que será completamente queimada, e a oferta do povo, que também será completamente queimada. Assim, ele conseguirá o perdão dos seus próprios pecados e dos pecados do povo.