Isaías 7:23
Naquele dia, todo lugar onde havia mil videiras no valor de doze quilos de prata será deixado para as roseiras bravas e para os espinheiros.
Significado de Isaías 7:23
Isaías 7:23 faz parte do livro de Isaías, que foi escrito durante o século VIII a.C., durante o reinado de Acaz em Judá.
"Naquele dia" se refere a um momento futuro em que Deus julgará o povo de Judá por sua infidelidade.
As "mil videiras" representam a prosperidade e a riqueza do povo de Judá.
Doze quilos de prata eram uma grande quantidade de dinheiro na época e indicam a grande riqueza das "mil videiras".
As "roseiras bravas" e os "espinheiros" são plantas selvagens que crescem sem controle e representam a destruição e a desolação.
Todo lugar onde havia "mil videiras" será deixado para as "roseiras bravas" e os "espinheiros" como um julgamento de Deus contra a infidelidade do povo de Judá.
A passagem simboliza a destruição da prosperidade e da riqueza do povo de Judá como resultado de sua infidelidade a Deus.
Isaías 7:23 se relaciona com outras passagens bíblicas que falam sobre o julgamento de Deus contra a infidelidade do povo de Israel, como Jeremias 12:10 e Oséias 10:8.
Diferentes tradições religiosas interpretam essa passagem de maneiras diferentes, mas geralmente concordam que ela fala sobre o julgamento de Deus contra a infidelidade do povo.
A mensagem principal que podemos extrair dessa passagem é que Deus julgará o pecado e a infidelidade, mesmo quando isso significa destruir a prosperidade e a riqueza do povo.
Explicação de Isaías 7:23
A profecia sobre a transformação das videiras em roseiras bravas e espinheiros
Há muitos anos, em uma época de grande agitação política e religiosa, o profeta Isaías proferiu uma mensagem que ecoaria por séculos a fio. Ele falou sobre um dia em que as vinhas, que eram símbolo de prosperidade e abundância naquela sociedade, seriam deixadas para trás em favor de plantas espinhosas e pouco valorizadas.
Naquele tempo, o rei Acaz de Judá estava enfrentando uma ameaça de invasão por parte de seus vizinhos, os reis de Israel e da Síria. Ele estava prestes a fazer um acordo com o império assírio para obter ajuda militar, mas Isaías o aconselhou a confiar em Deus em vez de se aliar a um poder estrangeiro.
Para provar que sua mensagem era verdadeira, Isaías fez um sinal ao rei: uma jovem conceberia e daria à luz um filho chamado Emanuel, que seria um sinal de que Deus estava com Judá e que seus inimigos seriam derrotados. Mas antes que esse menino nascesse e crescesse, a terra seria devastada pela guerra e pela fome.
Foi nesse contexto que Isaías pronunciou a profecia sobre as videiras. Ele disse que, em breve, toda a riqueza e a fertilidade da terra seriam reduzidas a nada. As vinhas, que eram tão valorizadas e cuidadas com tanto esmero, seriam deixadas para trás em favor de plantas selvagens e inúteis. Onde antes havia pomares e jardins, agora haveria apenas espinhos e mato.
Essa imagem era uma metáfora poderosa para a situação em que Judá se encontrava. A nação estava prestes a perder tudo o que valorizava e confiava, e teria que se contentar com o que restasse. Mas ao mesmo tempo, a profecia também continha uma promessa de esperança. Isaías estava dizendo que, mesmo quando tudo parecesse perdido, Deus ainda estaria presente e cuidando de seu povo.
Ao longo dos séculos, essa profecia tem sido interpretada de muitas maneiras diferentes. Alguns a veem como uma advertência contra a idolatria e a confiança em riquezas materiais. Outros a enxergam como uma mensagem de que Deus pode transformar o que é inútil em algo valioso e belo. Mas independentemente da interpretação, o fato é que a história de Isaías 7:23 continua a ressoar em nossos corações e mentes até hoje, lembrando-nos de que, mesmo em meio à adversidade, podemos confiar na providência divina.
Versões
— Também, naquele dia, todo lugar em que houver mil videiras, no valor de mil moedas de prata, será tomado por espinheiros e ervas daninhas.
— Naquele dia, o que antes era uma plantação com mil pés de uva, valendo mil barras de prata, virará um terreno cheio de mato e de espinheiros.