Isaías 5:14
Por isso o Sheol aumenta o seu apetite e escancara a sua boca. Para dentro dele descerão o esplendor da cidade e a sua riqueza, o seu barulho e os que se divertem.
Significado de Isaías 5:14
O Sheol é o mundo dos mortos na mitologia hebraica.
O Sheol é personificado como tendo apetite para enfatizar a ideia de que ele está sempre à espera de novas vítimas.
"Escancara a sua boca" é uma imagem poética que representa o Sheol como uma criatura faminta que está sempre pronta para devorar mais almas.
O "esplendor da cidade" pode se referir aos líderes políticos ou religiosos da cidade que morrem e vão para o Sheol.
A "riqueza" pode se referir aos tesouros e bens materiais acumulados pelos habitantes da cidade.
O "barulho" pode se referir à agitação e ao frenesi da vida na cidade.
"Os que se divertem" podem se referir às pessoas que vivem uma vida de prazer e indulgência na cidade.
Essas coisas vão para o Sheol porque a morte é inevitável e todos os seres humanos acabarão morrendo.
No Sheol, essas coisas perdem todo o seu valor e significado, pois não podem mais ser desfrutadas pelos mortos.
O verso é uma advertência sobre a transitoriedade da vida e a inevitabilidade da morte. Ele sugere que todas as coisas terrenas são efêmeras e que a única coisa que realmente importa é a vida eterna.
Explicação de Isaías 5:14
A fome insaciável do Sheol: a história por trás de Isaías 5:14
Isaías 5:14 é um versículo bíblico que descreve a voracidade do Sheol, o mundo dos mortos, que anseia por devorar tudo o que é belo e valioso na vida. O profeta Isaías usou essa imagem para alertar o povo de Israel sobre as consequências de sua infidelidade a Deus e sua falta de justiça social.
A história começa no século VIII a.C., quando Isaías era um profeta em Jerusalém, durante o reinado de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. Ele foi chamado por Deus para pregar a mensagem de arrependimento e salvação ao povo de Israel, que havia se afastado dos caminhos do Senhor e se entregado à idolatria e à injustiça.
Em Isaías 5, o profeta usa a metáfora da vinha para descrever a relação de Deus com Israel. Ele compara a nação a uma vinha plantada pelo Senhor, que esperava colher bons frutos, mas só encontrou uvas azedas e amargas. Isaías denuncia a corrupção, a opressão e a violência que prevaleciam na sociedade israelita, e anuncia o julgamento divino que viria sobre o povo.
No versículo 14, Isaías descreve a fome insaciável do Sheol, que é personificado como um monstro que devora tudo o que é precioso e valioso. O profeta usa uma linguagem poética e dramática para descrever a cena: o Sheol abre sua boca escancarada para engolir a cidade, seus habitantes, sua riqueza e sua alegria. É como se o mundo dos mortos estivesse ansioso para receber a colheita podre de Israel, que se recusou a dar frutos bons.
Essa imagem do Sheol como um monstro faminto é recorrente na literatura bíblica, especialmente nos livros poéticos e proféticos. Ela expressa a ideia de que a morte é uma força implacável e inevitável, que não poupa nem os mais poderosos e ricos da terra. O Sheol é retratado como um lugar de escuridão, silêncio e esquecimento, onde não há mais oportunidade de arrependimento ou salvação.
Para Isaías, o versículo 14 é um aviso solene aos líderes e ao povo de Israel, que estavam se afastando de Deus e se entregando à idolatria e à injustiça. Ele os adverte que, se não se arrependerem e mudarem de vida, serão engolidos pelo Sheol, como se fossem uma presa fácil para um monstro faminto. A mensagem de Isaías é clara: a justiça e a fidelidade a Deus são as únicas defesas contra a fome insaciável do Sheol.
Versões
Por isso, a sepultura aumentou o seu apetite e abriu ao máximo a sua boca. Para lá desce o esplendor de Jerusalém e a sua multidão, o seu ruído e os que nela se alegram.
O mundo dos mortos , como se fosse uma fera faminta, abrirá a sua boca enorme e engolirá o povo e as autoridades, toda essa gente que vive nas farras e nas orgias.