Êxodo 26:16

A medida das armações do Tabernáculo: um detalhe importante na construção divina

No livro do Êxodo, encontramos a história da libertação dos hebreus da escravidão no Egito e a jornada rumo à terra prometida. No capítulo 26, o texto apresenta as instruções divinas para a construção do Tabernáculo, um santuário móvel que seria o lugar de adoração do povo de Israel durante a peregrinação pelo deserto. Entre as muitas especificações detalhadas, está a medida das armações que sustentariam as cortinas do Tabernáculo: "Cada armação terá quatro metros e meio de comprimento por setenta centímetros de largura".

Essa medida pode parecer um detalhe insignificante, mas na verdade é uma das muitas provas da precisão e da perfeição divina na construção do Tabernáculo. Cada detalhe, por menor que fosse, tinha um propósito e uma simbologia que apontava para a natureza e os atributos de Deus, além de representar a relação entre Ele e o Seu povo.

As armações eram feitas de madeira de acácia, uma madeira resistente e durável, revestidas de ouro puro. Elas eram encaixadas em bases de prata e unidas por travessas de madeira, formando uma estrutura sólida e estável. Sobre as armações eram estendidas cortinas de linho fino, bordadas com fios de lã azul, púrpura e escarlate, que formavam o teto e as paredes do Tabernáculo.

A medida das armações, portanto, não era apenas uma questão de tamanho, mas de proporção e harmonia. Cada armação tinha uma altura de três metros e meio, o que significava que, quando colocadas em pé, elas formavam uma estrutura de quinze metros de comprimento por quatro metros e meio de largura, com uma altura de quatro metros e meio. Essas proporções eram consideradas perfeitas pelos antigos hebreus, que acreditavam que a beleza e a harmonia da criação eram reflexos da sabedoria e da perfeição divinas.

Além disso, a medida das armações também tinha uma simbologia importante. O número quatro era considerado sagrado pelos hebreus, pois representava os quatro pontos cardeais, as quatro estações do ano, os quatro elementos da natureza e os quatro evangelhos. Já o número setenta era associado à plenitude e à perfeição, pois era o número de nações que, segundo a tradição judaica, habitavam a Terra na época da construção do Tabernáculo.

Assim, a medida das armações do Tabernáculo não era apenas uma questão técnica, mas uma expressão da sabedoria divina e da relação entre Deus e o Seu povo. Cada detalhe da construção tinha um significado profundo e uma simbologia que apontava para a natureza e os atributos de Deus, além de representar a relação de aliança entre Ele e o Seu povo. A medida das armações, portanto, era uma prova da perfeição divina na construção do Tabernáculo, um santuário móvel que seria o lugar da presença de Deus no meio do Seu povo durante a jornada rumo à terra prometida.