Eclesiastes 6:9

A sabedoria de se contentar com o que se tem

Muitas vezes, nos pegamos desejando mais do que temos. Queremos um emprego melhor, um carro mais novo, uma casa maior. E, quando conseguimos essas coisas, logo queremos mais. É como se estivéssemos sempre correndo atrás do vento, sem nunca nos satisfazermos. Mas, segundo o livro de Eclesiastes, essa busca incessante pelo que não temos não faz sentido.

Eclesiastes é um livro da Bíblia que foi escrito por um sábio chamado Qohelet, que viveu há mais de dois mil anos. Ele reflete sobre a vida e a natureza humana, e conclui que tudo é passageiro e vazio. Nesse contexto, o versículo 6:9 diz que é melhor se contentar com o que se tem do que ficar desejando mais. Isso porque, segundo Qohelet, a busca pelo que não temos é uma ilusão, uma corrida sem fim que não leva a lugar nenhum.

Mas de onde vem essa ideia? Para entender a história por trás do versículo, é preciso voltar um pouco no tempo. Na época em que Qohelet viveu, a sociedade era marcada pela desigualdade e pela opressão. A maioria das pessoas vivia em condições precárias, enquanto uma elite desfrutava de luxo e riqueza. Nesse contexto, era comum que as pessoas se esforçassem para melhorar de vida e alcançar um status mais elevado.

No entanto, Qohelet percebeu que essa busca pelo que não se tem era uma armadilha. Por mais que as pessoas se esforçassem, nunca estariam satisfeitas. Sempre haveria algo mais a ser conquistado, algo que estivesse fora do alcance. Por isso, ele defendeu a ideia de que é melhor se contentar com o que se tem e aproveitar o momento presente.

Essa mensagem continua sendo relevante até hoje. Vivemos em uma sociedade que nos incentiva a consumir cada vez mais, a buscar o sucesso a todo custo, a nunca nos contentarmos com o que temos. Mas, como Qohelet nos lembra, essa busca incessante pelo que não temos não nos leva a lugar nenhum. É importante aprender a valorizar o que já temos e a encontrar a felicidade nas coisas simples da vida.

Em resumo, o versículo de Eclesiastes 6:9 nos lembra da importância de se contentar com o que se tem e de não ficar correndo atrás do vento. Essa mensagem é fruto da reflexão de um sábio que viveu há mais de dois mil anos, mas continua sendo relevante até hoje. Que possamos aprender a valorizar o que já temos e a encontrar a felicidade nas coisas simples da vida.