Deuteronômio 25:7
Se, todavia, ele não quiser casar-se com a mulher do seu irmão, ela irá aos líderes do lugar, à porta da cidade, e dirá: "O irmão do meu marido está se recusando a dar continuidade ao nome do seu irmão em Israel. Ele não quer cumprir para comigo o dever de cunhado".
Significado de Deuteronômio 25:7
A passagem faz parte do livro de Deuteronômio, que contém as leis e os mandamentos dados por Deus a Moisés para o povo de Israel.
Na cultura da época, o irmão mais novo tinha a responsabilidade de se casar com a viúva do irmão mais velho para garantir a continuidade da linhagem e da herança da família.
Os líderes do lugar tinham autoridade para mediar disputas e aplicar a justiça na comunidade.
A porta da cidade era o local onde os líderes se reuniam e onde as decisões eram tomadas publicamente.
O dever de cunhado era o dever de se casar com a viúva do irmão mais velho para garantir a continuidade da linhagem e da herança da família.
Esse dever era considerado uma obrigação sagrada e era visto como uma forma de honrar a memória do irmão falecido.
Se o homem se recusasse a cumprir o dever de cunhado, ele seria publicamente envergonhado e desonrado perante a comunidade.
O objetivo dessa lei era garantir a continuidade da linhagem e da herança da família, bem como manter a ordem e a justiça na comunidade.
Essa lei se relaciona com outras leis bíblicas que regulamentam o casamento e a família, como as leis sobre o divórcio e a poligamia.
Embora essa lei não seja mais aplicada nos dias de hoje, ela pode nos ensinar sobre a importância da responsabilidade e do compromisso na vida familiar e comunitária.
Explicação de Deuteronômio 25:7
A história da lei que obriga o cunhado a casar com a viúva do irmão falecido
Em tempos antigos, a continuidade da linhagem era uma questão de extrema importância. Por isso, quando um homem morria sem deixar filhos, era dever do irmão mais velho casar com a viúva e gerar um herdeiro em nome do irmão falecido. Essa lei era conhecida como lei do levirato.
Porém, nem sempre o cunhado estava disposto a cumprir essa obrigação. Em alguns casos, ele preferia não se casar com a viúva do irmão e acabava desrespeitando o desejo do falecido e a tradição da época.
Foi pensando nisso que a lei de Deuteronômio 25:7 foi criada. Ela determinava que, caso o cunhado se recusasse a cumprir seu dever de cunhado, a viúva poderia ir até os líderes da cidade e denunciar o irmão do marido falecido por não querer dar continuidade ao nome da família.
Essa denúncia deveria ser feita na porta da cidade, onde os líderes se reuniam para julgar casos importantes. A viúva deveria explicar a situação e acusar o cunhado de não querer cumprir sua obrigação. Os líderes, por sua vez, deveriam convocar o cunhado para comparecer diante deles e explicar o motivo de sua recusa.
Caso o cunhado não tivesse uma justificativa plausível para sua recusa, ele era considerado culpado e deveria pagar uma multa. Além disso, ele era obrigado a se casar com a viúva e gerar um herdeiro em nome do irmão falecido.
Essa lei era muito importante para a sociedade da época, pois garantia a continuidade da linhagem e a preservação da memória dos antepassados. Além disso, ela protegia as viúvas, que muitas vezes eram abandonadas e ficavam sem recursos para sobreviver.
Hoje em dia, essa lei não é mais aplicada, mas ainda é lembrada como um exemplo de como as tradições e os costumes podem ser importantes para a preservação da história e da cultura de um povo.
Versões
— Porém, se o homem não quiser se casar com a cunhada, ela irá ao portão da cidade para falar com os anciãos, e dirá: "Meu cunhado se recusa a dar continuidade ao nome de seu irmão em Israel; não quer exercer para comigo a obrigação de cunhado."
Mas, se o cunhado não quiser casar com a viúva, ela irá ao lugar de julgamento para falar com os líderes da cidade. Ela dirá: “Meu cunhado não quer cumprir o seu dever, casando comigo; ele não quer que o nome do seu irmão fique vivo em Israel.”