Deuteronômio 23:19

19

Não cobrem juros de um israelita, por dinheiro, alimento, ou qualquer outra coisa que possa render juros.

Deuteronômio 23:19

Significado de Deuteronômio 23:19

Deuteronômio 23:19.

Qualquer pessoa que empreste algo a um israelita.

Dinheiro, alimentos ou qualquer outra coisa que possa ser emprestada.

A proibição visa proteger os israelitas mais pobres e garantir a justiça social.

Também se aplica a empréstimos de alimentos ou outras coisas.

A pessoa que desobedece essa proibição está indo contra a vontade de Deus e pode ser punida.

Essa proibição ainda é aplicável hoje em dia.

A proibição se aplica apenas a israelitas, independentemente de sua religião.

Essa proibição se aplica a todos os israelitas, independentemente de sua religião.

Essa proibição está relacionada à ideia de justiça social na Bíblia, que exige que as pessoas cuidem dos menos favorecidos e promovam a igualdade.

Explicação de Deuteronômio 23:19

A proibição de cobrança de juros entre israelitas: uma lei antiga que ainda ecoa na sociedade moderna

De acordo com a tradição judaica, o livro de Deuteronômio é uma coleção de discursos de Moisés, proferidos pouco antes de sua morte, nos quais ele reitera as leis e os mandamentos que Deus havia dado ao povo de Israel. Em um desses discursos, Moisés proíbe a cobrança de juros entre israelitas, seja por empréstimos de dinheiro, alimentos ou qualquer outra coisa que possa render juros.

A proibição de cobrança de juros entre irmãos israelitas era uma prática comum em outras culturas antigas, mas a lei de Moisés tinha um propósito diferente. Ela visava proteger os pobres e os necessitados, impedindo que fossem explorados pelos ricos e poderosos. Além disso, a lei também era uma forma de promover a solidariedade e a fraternidade entre os membros da comunidade, que deveriam ajudar uns aos outros em momentos de dificuldade.

Ao longo dos séculos, a proibição de cobrança de juros entre israelitas foi interpretada de diferentes maneiras pelas autoridades religiosas e jurídicas judaicas. Algumas correntes permitiam a cobrança de juros em certas circunstâncias, desde que não fosse excessiva e não prejudicasse o devedor. Outras correntes mantinham a proibição de forma estrita, argumentando que a lei era uma expressão do amor ao próximo e da justiça social.

A proibição de cobrança de juros também teve impacto na história do cristianismo e do islamismo. Na Idade Média, a Igreja Católica proibiu a cobrança de juros por considerá-la uma prática pecaminosa e contrária à caridade cristã. Essa proibição foi gradualmente relaxada a partir do século XVI, mas ainda hoje há correntes cristãs que defendem a proibição de juros em certas circunstâncias.

No islamismo, a proibição de cobrança de juros é uma das principais leis financeiras, conhecida como riba. Segundo a lei islâmica, a cobrança de juros é considerada uma forma de exploração e injustiça, e é proibida tanto para os muçulmanos quanto para os não-muçulmanos.

Apesar de ter sido escrita há mais de dois mil anos, a proibição de cobrança de juros entre israelitas ainda ecoa na sociedade moderna. Muitos países têm leis que regulam a cobrança de juros em empréstimos, visando proteger os consumidores e evitar a exploração financeira. Além disso, há movimentos sociais que defendem a criação de sistemas financeiros alternativos, baseados em princípios de solidariedade e justiça social, que não dependam da cobrança de juros para funcionar.

Em resumo, a proibição de cobrança de juros entre israelitas é uma lei antiga que ainda tem relevância nos dias de hoje. Ela expressa valores de solidariedade, fraternidade e justiça social que são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

Versões

Bíblia NAA
19

— De um compatriota vocês não devem cobrar juros, ao emprestarem dinheiro, comida ou qualquer coisa que se costuma emprestar com juros.

Bíblia NTLH
19

— Não cobrem juros quando emprestarem dinheiro, comida ou qualquer outra coisa a um israelita.