Deuteronômio 12:22
Vocês a comerão como comeriam carne de gazela ou de veado. Tanto os cerimonialmente impuros quanto os puros poderão comer.
Significado de Deuteronômio 12:22
A passagem está no livro de Deuteronômio, que é uma coleção de leis e instruções dadas por Moisés ao povo hebreu antes de sua entrada na Terra Prometida.
A carne de gazela ou de veado era considerada uma iguaria na cultura hebraica, e era consumida em ocasiões especiais.
Os cerimonialmente impuros podem comer essa carne porque não há nada intrinsecamente impuro na carne em si, e a pureza cerimonial não afeta a qualidade da carne.
O propósito dessa permissão é permitir que todos os hebreus, independentemente de sua pureza cerimonial, possam desfrutar da comida e da comunhão uns com os outros.
Essa permissão reflete a ideia de que a religião não deve ser uma barreira para a comunhão entre as pessoas, e que a comida pode ser um meio de união e celebração.
Essa passagem se relaciona com outras leis alimentares no Antigo Testamento, como a proibição de comer carne de porco e de animais que não têm cascos fendidos e que não ruminam.
A pureza cerimonial era uma parte importante da religião hebraica, e era vista como uma forma de se aproximar de Deus e de se manter separado do mundo impuro.
Essa permissão de comer carne de gazela ou de veado reflete a ideia de que todos os hebreus são iguais perante Deus, independentemente de sua pureza cerimonial.
Os sacerdotes não têm um papel específico nessa permissão, mas são responsáveis por ensinar e aplicar as leis alimentares e cerimoniais.
Essa passagem pode ser aplicada à vida cristã hoje, lembrando-nos de que a religião não deve ser uma barreira para a comunhão entre as pessoas, e que a comida pode ser um meio de união e celebração.
Explicação de Deuteronômio 12:22
A permissão divina para o consumo de animais impuros
Em Deuteronômio, um dos livros do Antigo Testamento da Bíblia, há uma passagem que chama a atenção pela sua permissividade: "Vocês a comerão como comeriam carne de gazela ou de veado. Tanto os cerimonialmente impuros quanto os puros poderão comer." Essa autorização divina para o consumo de animais impuros é um tema que desperta curiosidade e reflexão.
De acordo com estudiosos da Bíblia, o livro de Deuteronômio foi escrito por volta do século VII a.C., em um período de reformas religiosas e políticas no reino de Judá. O objetivo do livro era reforçar a aliança entre Deus e o povo de Israel, estabelecendo normas e regras para a vida religiosa, social e moral.
No capítulo 12, onde se encontra o versículo em questão, há uma série de instruções sobre como o povo de Israel deveria adorar a Deus e oferecer sacrifícios no Templo. Uma das orientações é para que os animais sacrificados sejam consumidos no local sagrado, em uma refeição comunitária.
Nesse contexto, a permissão para comer carne de animais impuros pode ser entendida como uma concessão divina para que todos os membros da comunidade pudessem participar da refeição sacrificial, independentemente do seu estado de pureza ritual. Isso significa que mesmo aqueles que estavam impuros por terem tocado em um cadáver, por exemplo, poderiam comer da carne sacrificada.
Essa permissão, no entanto, não significa que Deus estava liberando o consumo de qualquer tipo de carne. Ao longo do livro de Levítico, também do Antigo Testamento, há uma lista de animais considerados impuros para o consumo humano, como porcos, camelos e coelhos. Essa lista é baseada em critérios como a aparência, o comportamento e a alimentação dos animais.
Assim, a autorização para comer carne de animais impuros em Deuteronômio deve ser entendida dentro do contexto específico das refeições sacrificiais no Templo. Fora desse contexto, as regras de pureza ritual continuavam em vigor, e os judeus deveriam evitar o consumo de animais impuros.
Hoje em dia, a passagem de Deuteronômio 12:22 pode ser vista como um exemplo da flexibilidade e da adaptação da religião às necessidades e circunstâncias de cada época. Embora as regras de pureza ritual não sejam mais tão relevantes para a maioria das pessoas, a mensagem de inclusão e igualdade que essa passagem transmite ainda pode ser aplicada em diversos contextos.
Versões
Porém, vocês devem comer destas carnes como se come carne de gazela ou de veado; e delas tanto as pessoas impuras como as puras podem comer.
Todas as pessoas, tanto as que estão puras como as que estão impuras, poderão comer carne desses animais, como comeriam carne de gazela ou de veado.