2 Coríntios 13:12

O gesto de amor que atravessou séculos: a história do beijo santo

Em 2 Coríntios 13:12, Paulo encerra sua segunda carta aos coríntios com uma exortação: "Saúdem uns aos outros com beijo santo". Mas qual é a origem desse gesto e como ele se tornou uma referência na cultura cristã?

O beijo na cultura antiga era um sinal de respeito e amizade, presente em diversas culturas e épocas. Na Grécia antiga, por exemplo, o beijo era um gesto comum entre amigos e familiares, e também era utilizado como forma de cumprimento entre pessoas de diferentes classes sociais. Na cultura romana, o beijo era utilizado como sinal de submissão e lealdade, sendo comum entre soldados e seus superiores.

No contexto cristão, o beijo passou a ser utilizado como um gesto de amor e fraternidade entre os membros da comunidade. O beijo santo, em particular, era utilizado como uma forma de saudação entre os fiéis, simbolizando a paz e a união entre eles. O beijo era dado na boca, na testa ou nas mãos, dependendo da cultura e da época.

O beijo santo é mencionado em diversas passagens bíblicas, como em Romanos 16:16 ("Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo") e em 1 Pedro 5:14 ("Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor"). Em algumas igrejas cristãs, o beijo santo é praticado até hoje, como forma de demonstrar a união e o amor entre os fiéis.

No entanto, o beijo santo também foi alvo de críticas e controvérsias ao longo da história. Na Idade Média, por exemplo, o beijo santo era utilizado como forma de demonstrar submissão aos líderes da igreja, e muitas vezes era utilizado de forma abusiva. Além disso, o beijo santo também foi alvo de críticas por parte de reformadores protestantes, que consideravam o gesto uma forma de idolatria.

Apesar das controvérsias, o beijo santo continua sendo um gesto importante na cultura cristã, simbolizando a união e o amor entre os fiéis. O gesto também é utilizado em outras culturas e religiões, como forma de demonstrar respeito e amizade entre as pessoas.

Em resumo, o beijo santo é um gesto de amor e fraternidade que atravessou séculos e culturas, e que continua sendo uma referência na cultura cristã até hoje. Apesar das controvérsias e críticas ao longo da história, o gesto continua sendo uma forma de demonstrar a união e o amor entre os fiéis, e de promover a paz e a harmonia entre as pessoas.